Por Afonso Hipólito
Quase um mês antes do dia em que estamos um jornal de Vitória publicou uma reportagem onde deputados da Assembleia Legislativa do Espírito Santo admitem colocar em votação projetos que desde de seu nascedouro já sabiam ilegais.
De acordo com os deputados entrevistados, quando projetos de leis inconstitucionais - em alguns casos aberrações - são votados e até aprovados a ideia é chamar a atenção do governo e da mídia.
Não haveria problema se esta prática não iludisse a população de que eles estão lutando bravamente pelo povo quando na verdade estão gastando inutilmente seu tempo e seu dinheiro e o induzindo a crer que as coisas não acontecem porque o executivo não quer, quando na verdade, em se tratando do atual governador, em especial, o que se vê é que há uma vontade enorme de se fazer, mas dentro de legalidade e lógica orçamentária.
Um caso que chamou bastante a atenção da imprensa, e por conseguinte da população capixaba nos últimos meses foi a votação de um decreto que cessaria com a cobrança de pedágio na Terceira Ponte, que liga Vila Velha à Vitória. E eu não acredito, sinceramente, que o autor do decreto não soubesse que ele era juridicamente inviável e que só contribuiria para que a população, que vivia um contexto de manifestações, o visse como um "guerreiro do povo". E eu não acredito que além de angariar votos iludindo o povo, ele não tivesse a intenção de colocar - injustamente, em muitos casos - na berlinda colegas que votariam com o executivo, que era contrário à cobrança do pedágio mas entendia que não seria pelo decreto que se deveria acabar com a mesma e sim por vias legais, ou seja, que se fizesse uma auditoria, que foi feita, que se constatasse irregularidades na execução do contrato, que foram constatadas, que se pusesse fim ao pedágio, o que ocorreu.
A prática de votar projetos ilegais admitida por alguns deputados da ALES fere o Código de Ética, é injusta com quem os elegeu para que trabalhassem por uma sociedade cada vez melhor e não para que usassem o cargo para atravancar o progresso e iludir mais eleitores para que este processo de retrocesso continue e poderia e deveria culminar em perda de mandato dos mesmos.
A reportagem citada foi escrita por Felipe Izar e publicada em Jornal A Tribuna de Vitória, ES, em 27 de abril de 2014
segunda-feira, 19 de maio de 2014
sexta-feira, 16 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
A Primeira Professora, ou, Algumas Linhas Sobre Amor
Tenho um amigo que é pai de uma menina que no mês de junho próximo chegará aos nove anos completos entre nós, e tenho uma amiga que é mãe de um garoto que chegará aos oito anos de seu nascimento.
Conversando com meu amigo tomei conhecimento de sua opinião acerca das escolas onde a menina estudou antes de chegar à atual, cerca de quatro meses antes da data em que estamos.
Meu amigo pensa que a menina só aprende agora o que deveria ter aprendido antes e que isso se deve a qualidade do ensino nas escolas anteriores.
Num diálogo com minha amiga soube que ela pensa o mesmo que meu amigo sobre a escola anterior do filho, que foi a primeira do garoto.
No caso das duas crianças as escolas são privadas, mas independente disso, não falarei da qualidade da educação no Brasil, pública ou privada, porque este é um texto sobre amor e nada mais.
A minha opinião é que o primeiro contato da criança com a escola é crucial para o desenvolvimento da mesma (parece óbvio mas para a maioria não é) pois, normalmente, profissionais que trabalham com crianças preparando-as para o processo de alfabetização faz com amor, que é o que desperta os primeiros interesses acerca das coisas nos pequenos. Mas esses profissionais não são valorizados como educadores, e eu penso que deveriam, porque eles fazem com os pequeninos o que se deve fazer com tudo que é vida: regar com litros diários de amor para que possam florescer o bem, para que outras vidas possam colher. Dessa forma, penso que a primeira professora deve ser reconhecida como o que quase sempre é: nosso segundo - em muitos casos o primeiro - e mais fiel jardineiro no jardim que deve ser o mundo e onde nascemos para ser botões de flores que deverão exalar o que o amor deve ser: cosmopolita.
Sinto que se eu planto uma semente, rego, cuido para que os que não conhecem o amor, seja por não terem encontrado um pé de amor para colher e comer ou por não terem sido cuidados para florescer, não a faça mal e a mesma germine, cresça e torne-se uma bela e frondosa árvore eu fiz um filho e cuidei como deve ser cuidar: amar. E se alguém que não conhece o amor cortar essa árvore, eu terei um filho assassinado, que terá seu algoz perdoado porque eu conheço o amor que lá atrás minha mãe apresentou e minha primeira professora me ensinou que é com ele que eu devo viver.
Conversando com meu amigo tomei conhecimento de sua opinião acerca das escolas onde a menina estudou antes de chegar à atual, cerca de quatro meses antes da data em que estamos.
Meu amigo pensa que a menina só aprende agora o que deveria ter aprendido antes e que isso se deve a qualidade do ensino nas escolas anteriores.
Num diálogo com minha amiga soube que ela pensa o mesmo que meu amigo sobre a escola anterior do filho, que foi a primeira do garoto.
No caso das duas crianças as escolas são privadas, mas independente disso, não falarei da qualidade da educação no Brasil, pública ou privada, porque este é um texto sobre amor e nada mais.
A minha opinião é que o primeiro contato da criança com a escola é crucial para o desenvolvimento da mesma (parece óbvio mas para a maioria não é) pois, normalmente, profissionais que trabalham com crianças preparando-as para o processo de alfabetização faz com amor, que é o que desperta os primeiros interesses acerca das coisas nos pequenos. Mas esses profissionais não são valorizados como educadores, e eu penso que deveriam, porque eles fazem com os pequeninos o que se deve fazer com tudo que é vida: regar com litros diários de amor para que possam florescer o bem, para que outras vidas possam colher. Dessa forma, penso que a primeira professora deve ser reconhecida como o que quase sempre é: nosso segundo - em muitos casos o primeiro - e mais fiel jardineiro no jardim que deve ser o mundo e onde nascemos para ser botões de flores que deverão exalar o que o amor deve ser: cosmopolita.
Sinto que se eu planto uma semente, rego, cuido para que os que não conhecem o amor, seja por não terem encontrado um pé de amor para colher e comer ou por não terem sido cuidados para florescer, não a faça mal e a mesma germine, cresça e torne-se uma bela e frondosa árvore eu fiz um filho e cuidei como deve ser cuidar: amar. E se alguém que não conhece o amor cortar essa árvore, eu terei um filho assassinado, que terá seu algoz perdoado porque eu conheço o amor que lá atrás minha mãe apresentou e minha primeira professora me ensinou que é com ele que eu devo viver.
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