por Afonso Hipólito
Ontem discuti com um de meus irmãos, perdi o equilíbrio e o ofendi.
Minha reação foi consequência de um misto de tristeza e revolta. Tristeza por ver que uma pessoa tão próxima e que tanta importância tem no fato de eu gostar de ler ter se tornado um alienado guiado pela estupidez, e revolta por eu não ter percebido que a doença que tem acometido milhões de pessoas e contra qual luto diariamente, a alienação intelectual, lhe tivesse infectando e hoje esteja num estágio de metástase como o que é: uma espécie de câncer.
Logo após a discussão minha consciência foi tomada por uma dor- como se física fosse- como se eu, humanista que sou, tivesse dado um soco na face de uma criança com síndrome de asperger ou de um idoso em avançado estado no mal de alzheimer por conta de algo cometido por corpo no sono da mente. Ou seja, minha consciência, que eu julgo sã, deu-me um sinal de que pode adoecer se dela eu não cuidar.
Cuidarei de minha consciência lutando com palavras e ações de bem com todas as minhas forças para não ferir ninguém, principalmente estes pobres doentes, cada dia em número maior de infectados pela maldade e guiados pela estupidez.
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