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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Organizando pensamentos dispersos I

por Afonso Hipólito





Passando por um turbilhão de decepções gigantescas nos últimos dias, em que uma em especial me deixou sem rumo, vagando entre muitos sentimentos até me encontrar na condição em que me encontro, como um pai que foi abandonado propositadamente pelo pai e por isso tem todo um cuidado de mostrar para os netos deste avô, cuja face é desconhecida mas o caráter mau abriu feridas que por muito tempo estiveram expostas e após se fecharem mantiveram uma dor latente, de que abandonar quando se deve cuidar e que todo desamparo é uma forma de tortura, portanto impossível de ser esquecido, decidi passar a limpo acontecimentos ao meu redor nos quais muitas vezes pensei mas nunca de forma organizada, o que fez com que nunca me achasse no direito de opinar sobre.

Uma personagem que sempre me intrigou (ainda mais a partir de 2014, quando imergi em comunidades periféricas da Grande Vitória durante a campanha eleitoral e pude ver sua imensa popularidade positiva em tais comunidades) mas que acabei por nunca analisar de forma organizada, ainda que sucinta, alguns acontecimentos relacionados à ela nunca esclarecidos- de fato-, é o ex- deputado estadual José Carlos Gratz.

Lembro perfeitamente de como o "povo" do Espírito Santo, este mesmo "povo" que foi às ruas pedir impechment da Presidenta (confira que a palavra existe) Dilma, mostrando um analfabetismo político e um ódio desmesurado, pra dizer o mínimo, que além de preocupar envergonha, ficou "chocado" com o que o parajornalismo vomitou, por um bom tempo quase que diariamente, sobre Gratz.

Não estou aqui propriamente fazendo defesa de Gratz e nem me desculpando com minha consciência,  porque ele não precisa da minha defesa e porque não me sinto culpado, uma vez que não participei do processo de crucificação do qual os mesmos analfabetos políticos "liderados" por lixos que envergonham o Espírito Santo por aí com frequência participaram. Estou aqui apenas organizando, como disse, alguns pensamentos dispersos pelo tempo.

Analisando os motivos que levaram Gratz a ser desenhado como um monstro no imaginário da classe média e de muitos dos hipócritas da elite do Espírito Santo e comparando com legalistas da atual política do Espírito Santo que se acham o suprassumo da honestidade, como se fosse algo pra se vangloriar e não uma obrigação, quando na verdade cada ato desses tais lhes expõe à contradições tão ostensivas que o que pregam ser torna-se algo imediatamente e continuamente contestável, sou levado, e qualquer ser sensato o é, a enxergar que não houve chance de defesa para Gratz fora dos tribunais, ou seja, aos olhos de uma sociedade exposta a um parajornalismo criminoso, o que é algo que pra todo político é até mais do que um direito, é um dever dele se explicar com os que o empoderaram, os seus eleitores, mas não, tiraram o direito da defesa e a obrigação do cumprimento do dever tal porque interessava diretamente aos inimigos de Gratz, que repito, se comparados com perspicácia profunda e justa com ele, nao sobra um que não ficará exposto, no mínimo, quanto à falta de ética. E essa condenação aos olhos da sociedade, que é perpétua, independente de você ser condenado por algo de que você é acusado ao fim de um processo, reverberou nos tribunais, tanto que no passar dos anos ações e provas forjadas foram anuladas, mudando muita coisa por conta de vícios primários, o que seria suficiente para mitigar muito do estrago causado pelo parajornalismo na vida     de Gratz, mas para isso a mesma ênfase que foi dada quando havia interesse do parajornalismo e de seus aliados deveria ser dada para divulgar qualquer mudança, o que não ocorre, jamais, em casos como o de Gratz, porque sim, há muitos casos de crucificação, inclusive mais recentes, que foram
tratados da mesma forma, porque é uma linha de "trabalho" seguida pelo parajornalismo brasileiro. Apenas com a popularidade da internet Gratz conseguiu exercer esse direito/ dever do qual falei, mas muito por conta de iniciativa própria, a problemática neste caso é que a internet é um campo com áreas movediças, e ainda que não fosse, as pessoas não estão o tempo todo na internet e nem todas elas, o que não ocorre com o parajornalismo criminoso: a sociedade praticamente toda está exposta a ele e uma parte ínfima consegue se defender do estrago que seu desserviço prestado causa.

Não sei como que as coisas findarão no judiciário viciado do Brasil, peculiarmente no Espírito Santo, para Gratz, mas fato é que organizando os pensamentos reforcei convicções, no que destaco a certeza de que é preciso organizar os pensamentos acerca dos acontecimentos após buscar informações para só depois pensar em emitir opinião, e é preciso desconfiar, sempre, de toda crucificação, seja de quem for.  

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