Blog I'unitá Brasil

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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Organizando Pensamentos Dispersos II

Pelos idos de 2009, quando soube que Dilma seria a candidata do Partido Dos Trabalhadores à sucessão do então presidente Lula, não me manifestei, a não ser que era uma escolha pessoal de um presidente que, naquele momento, tinha quase 90% de aprovação, algo que reverberava sua história por completo até ali, e que, portanto, o Partido deveria apoiá-la, até porque não havia nada que desabonasse Dilma, ou seja, ela tinha todo o direito de ser candidata.

Com o passar dos anos fui observando como se desenrolava o governo de Dilma, como era natural, o que havia por trás de cada ato, fosse com consequência positiva ou negativa, e fui guardando para um dia, como faço sempre, olhar pra trás e entender.

Para muito além da crise econômica que tomou o mundo a partir de 2008 e que chegou ao Brasil de forma diferente, dos ataques desferidos diariamente pelo parajornalismo comandado pela direita e dos estragos que as alianças das quais o PT tinha condições de se livrar em 2009 e não fez causou, os percalços que Dilma teve que enfrentar foram construídos pelo próprio PT.

Já em 2009, quando foi anunciada candidata, Dilma viu (talvez não tenha visto ali) nascer um boicote por parte considerável do PT ('classe política' e não eleitorado), a omissão da prática desse boicote por outra parte considerável e o que sobrou foi uma parte sensata que entendia que o caminho era apoiá-la. Com isso os problemas foram se acumulando e a turma do boicote e a turma da omissão só acordaram para que o estrago que ajudaram a causar era gigantesco e os atingia, quando já quase não havia solução e quando parte do bom senso que não esteve ao lado dos dois grupos citados, o do boicote e o da omissão, já havia, consideravelmente, se dispersado e buscado outras trincheiras para lutar, ou mesmo desistido. Aí era hora de fazer o quê? Buscar a militância, que mais uma vez empoderou Dilma para que ela tentasse, mais uma vez, fazer o certo, dessa vez em contexto bem mais complicado, com a crise se aproximando- de fato- e o parajornalismo apressando sua aproximação, isso com os grupos do boicote e da omissão deste rodeando e mostrando que a maioria não aprendera a lição, o que afastou ainda mais gente da parcela pequena do bom senso, além da continuidade das alianças nefastas e da formação do congresso mais retrógrado e corrupto de todos os tempos, ou seja, não tinha como resolver os problemas e se reforçar para recomeçar a progredir, e neste cenário o golpe que era sonhado pela direita nasceu e está aí, só crescendo com o apoio do 'parajornalismo' que o PT não aprende como combater (leia) e que é crucial que seja combatido para que o povo possa derrubar o golpe e salvar a democracia, mas o povo também pode se afastar se o PT não entender que o povo quer ver a 'classe política' deixar de se defender para defendê-lo, porque o povo está entendendo que a 'classe política' não o defende, ela diz que o defende enquanto trabalha em sua própria defesa, quase sempre.  

    


            

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