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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Moro sai de férias, mas encarrega juíza de seguir na Lava Jato

Do GGN




O juiz federal Sérgio Moro saiu de férias. Mas encarregou a juíza substituta Gabriela Hardt a sequência das atividades da 13ª Vara Federal em Curitiba na Operação Lava Jato. E foi a magistrada que insistiu que o ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Alves Ferreira, deixasse um imóvel como garantia da fiança de sua soltura da prisão. 
Moro autorizou que Adalberto Alves Ferreira fosse liberado da prisão preventiva após assumir que o PT e todos os partidos políticos utilizam recursos não declarados para financiar as campanhas eleitorais.
A "confissão" ocorreu na última quarta-feira (14), quando o ex-tesoureiro foi interrogado por Moro. 
"Negar informalidades nos processos eleitorais brasileiros de todos os partidos é negar o óbvio. É um problema da cultura política nacional, dr. Moro. Eu não estou aqui para mentir para ninguém. Estou aqui para ajustar alguma dívida que eu tenha, minha disposição aqui é essa", disse.
A declaração foi suficiente para o magistrado do Paraná decidir a liberação do investigado, preso na Operação Abismo, detido desde o dia 23 de junho na superintendência de São Paulo em decorrência de outra Operação, a Custo Brasil.  
No despacho que autoriza a liberdade para Paulo Adalberto Alves Ferreira, Moro determinou medidas a serem obedecidas pelo réu: o pagamento da fiança de R$ 1 milhão; a proibição de deixar o país e de entregar seus passaportes; obrigação de comparecer a todos os atos da investigação; proibição de mudar de residência sem autorização e a proibição de se aproximar ou ter contato com outros acusados. 
Desempregado e com dívidas no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, a defesa de Paulo Adalberto entrou com dois recursos da fiança, alegando a impossibilidade de realizar o recolhimento da quantia. Moro negou o primeiro pedido e, agora, Gabriela negou o segundo.
A juíza substituta afirmou "há problemas na documentação anexada pela Defesa" e que os comprovantes de dívida e de imposto de renda podem ter "erro material". Por isso, pediu esclarecimentos da documentação e, enquanto isso, sugeriu que o investigado indique um imóvel que servirá de caução.

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