Por Pedro Breier
Segundo informações divulgadas hoje, no UOL. Folha de S. Paulo e aqui mesmo, na delação de João Santana, poderão ser expostas informações surpreendentes (se é que ainda é possível se surpreender com Dilma) dos gastos da ex-presidente de extrema-esquerda.
A Braskem, subsidiária da Odebrecht, pagou 150 milhões de reais em serviços de cabeleireiro para Dilma. De acordo com a delação, as despesas estéticas de Dilma foram pagas pelo marqueteiro, com intermédio da empresa da Odebrecht. Para se ter uma ideia do dinheiro supostamente gasto com cabelo, veja o custo dos serviços do cabeleireiro Celso Kamura:
Corte de cabelo no salão de Celso Kamura custa algo em torno de R$ 400,00 (isso mesmo, quase metade de um salário mínimo);
Hidratação tem o preço médio de R$ 250,00;
Escova tem o preço máximo fixado em R$ 150,00.
Se somarmos tudo isso, seria um “investimento” de R$ 800,00. Ou seja, com os R$ 150 milhões daria para cortar, hidratar e escovar o cabelo de 180.000 pessoas. Será que valeu a pena?
Dizer que Dilma é de extrema-esquerda já demonstra o grau de precisão e cuidado com a informação do site.
Mas o que impressiona é o valor: R$ 150 milhões em cabeleireiro?
Procurei no UOL/Folha de São Paulo as informações e encontrei uma coluna daMônica Bergamo sobre o tema:
Delação de João Santana deve detalhar despesas pagas para Dilma Rousseff
A negociação de delação premiada do marqueteiro João Santana com a Operação Lava Jato está em estágio avançado.
COBERTURA
Uma das cerejas do bolo, nas palavras de pessoa familiarizada com as conversas de Santana, seria o detalhamento de despesas da ex-presidente Dilma Rousseff que teriam sido pagas por ele, como os serviços do cabeleireiro Celso Kamura.
RECIBO
A Lava Jato há meses recebeu a informação de que a Odebrecht teria repassado valores ao marqueteiro destinados a cuidados com a imagem de Dilma. Na ocasião, a então presidente afirmou que serviços pessoais de Kamura foram pagos por ela, que teria inclusive comprovantes desses desembolsos.
Os obviamente absurdos R$ 150 milhões em gastos com cabeleireiro não se sabe de onde saíram.
O jornalismo das grandes empresas de mídia já é precário: manipulado grotescamente de acordo com os interesses políticos dos donos dessas empresas e baseado principalmente em vazamentos ilegais e fontes anônimas, como no caso da coluna da Folha acima.
Agora imagine que há um exército de sites que se baseiam neste subjornalismo da mídia corporativa para fazer uma espécie de sub-subjornalismo.
Neste caso, incrementando a notícia-fofoca com números estratosféricos tirados do nada para comover os pobres leitores.
O pior é que acabam alcançando muita gente com a divulgação sistemática do site pela página do MBL.
A mesma indigência intelectual com que são propostas soluções para o país (para Kim Kataguiri e seus amigos basta diminuir a presença do Estado em todas as áreas para que tudo magicamente se resolva) é aplicada na escolha da fonte para “informar” os que seguem o MBL.
Não surpreende que sejam usados pelo oligopólio midiático somente quando convém e ignorados quando não são necessários, como escreveu o Bajonas Teixeira aqui no Cafezinho.
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