Por Marcelo Carvalho de Sant'Anna.
Inicia-se com a quarta-feira de cinzas o período conhecido como quaresma, no qual Jesus se despe de sua dimensão deísta para no âmago de sua faceta humana caminhar por quarenta dias e noites pelo deserto e nesse ambiente árido e escasso de tudo por-se a refletir bem como enfrentar além das adversidades o próprio inimigo maior, evidenciado pela sua tentativa de fazer com que Cristo caia literalmente por terra e com ele todo o projeto salvífico.
Inicia-se com a quarta-feira de cinzas o período conhecido como quaresma, no qual Jesus se despe de sua dimensão deísta para no âmago de sua faceta humana caminhar por quarenta dias e noites pelo deserto e nesse ambiente árido e escasso de tudo por-se a refletir bem como enfrentar além das adversidades o próprio inimigo maior, evidenciado pela sua tentativa de fazer com que Cristo caia literalmente por terra e com ele todo o projeto salvífico.
A esse tempo a Igreja Católica Apostólica Romana do Brasil concomitantemente convida os seus fiéis e a toda a sociedade a uma reflexão a despeito de temáticas hodiernas; neste ano Fraternidade: Igreja e Sociedade com o lema "Eu vim para servir". De um excerto bíblico emerge o lema que, no ano em voga, remete ao Evangelho de Marcos, capítulo 10, versículo 45. Outrossim, há outro Evangelho cujo serviço atinge seu paroxismo ao revelar-se-nos o próprio Meste um servidor, a saber: Mt 20;28.
Servir nas Sagradas Escrituras é dispor-se ao outro para a qualquer momento em coletividade com o próximo e arrimado em Cristo emancipá-lo (a) do mal que o (a) aflige. Na sociedade que formamos enquanto seres eminentemente sociais e políticos - como desmitificara Aristóteles - importa sair do comodismo e insurgir-se contra todo o sistema que locupleta a uma parcela mínima - ínfima - ao passo que um grande contingente animaliza-se, submetido a condições degradantes.
Há ademais um problema cultural que obnubila o serviço enquanto mister - com grande relevância no interior dos poderes constituídos - à medida que se distancia de um preparo adequado para ouvir as demandas, colocar-se no lugar do outro - a que Daniel Gollemam denominou empatia - e alcançar um nível de resolubilidade satisfatório. Provavelmente somos uma das nações do mundo com o pior serviço público.
Urge portanto ações cuja concretude nos aproxime do Salvador, no sentido de contrariar e subverter a ordem dominante vigente, assaz reacionária e fundada em princípios e ideologia retrógrados. Dar-se-nos a oportunidade do conúbio com o Altíssimo é antes e ao mesmo tempo assumir uma posição a contrario sensu de todo o status quo e contemplar a premissa que há uma nova sociedade grávida cujo fóceps indubitavelmente é a revolução proletária, com o expurgo da classe dominante.
Urge portanto ações cuja concretude nos aproxime do Salvador, no sentido de contrariar e subverter a ordem dominante vigente, assaz reacionária e fundada em princípios e ideologia retrógrados. Dar-se-nos a oportunidade do conúbio com o Altíssimo é antes e ao mesmo tempo assumir uma posição a contrario sensu de todo o status quo e contemplar a premissa que há uma nova sociedade grávida cujo fóceps indubitavelmente é a revolução proletária, com o expurgo da classe dominante.
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