por Afonso Hipólito
Na contramão do bom senso, ao invés de dar os primeiros passos em direção a tão necessária reforma política, o Congresso Nacional se prepara para aumentar a verba destinada ao Fundo Partidário, verba que mantém as legendas e que sempre foi mal destinada e mal usada.
5% é dividido entre os partidos e o restante proporcionalmente aos votos obtidos na última eleição para deputado federal.
Será o quinto aumento consecutivo em cinco anos e a verba total deve chegar a quase R$ 300 milhões, sendo mais de R$ 230 milhões oriundos do Tesouro Nacional e o restante provenientes de multas aplicadas pela justiça eleitoral.
Duas declarações de políticos capixabas sobre o tema, uma positiva e uma negativa. A primeira é de Sérgio Vidigal (PDT) , que reconhece que o Fundo é mal utilizado e que sua aplicação deve ser discutida. A segunda é de Carlos Mannato (SD), que está sempre presente em Brasília mas nunca representa de forma positiva o Estado que o reelegeu no último pleito, já que nunca produz nada mais do que buscar os holofotes, que só fez falar em correção do valor e nada disse da péssima aplicação. Carlos Mannato disse ainda que em seu partido a verba é usada para pagar advogado e contador, deixando claro o mau uso, afinal, uma boa aplicação, aliás, a única aceitável, é que fosse usada para campanha, ficando a manutenção do partido a cargo dos filiados que exercem mandatos, como ele, mas a certeza de que as fortunas dos empresários que tem seus interesses defendidos por gente como ele é tanta que não há preocupação.
Não haveria nada de errado com o Fundo Partidário se ele fosse bem distribuído e bem aplicado pelos partidos e que os mesmos fossem proibidos de receber as fortunas que recebem de empresários para defender seus interesses e não os do povo, que ludibriado por campanhas jogam na lata do lixo sua principal arma para ter uma vida melhor: o voto.
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