Blog I'unitá Brasil

Blog I'unitá Brasil
Blog I'unitá Brasil

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

INDONÉSIA: CONTRADIÇÃO E HIPOCRISIA

por Afonso Hipólito




Muito se falou mas, apenas em pouco de tudo, ladeou a coerência no que foi dito sobre a execução de homens acusados de tráfico de drogas na Indonésia.

Por que tantas pessoas se arriscam a levar cocaína para um país que sabem que os condenarão à morte se os pegarem.

É preciso entender, para início de conversa que, se tanta cocaína é ofertada  é porque há demanda, o que torna o país um dos mercados de cocaína mais lucrativos do mundo.

O esquema que leva cocaína para a Indonésia é enorme, organizado e envolve, inclusive, muitas autoridades.

Cidadãos indonésios compõe o esquema de tráfico de cocaína com pessoas de outros países, que são convidados a partir de uma espécie de triagem, onde as principais exigências são de que sejam poliglotas, tenham dupla cidadania e ótima circulação na alta sociedade.

O trabalho dos cidadãos não-indonésios consiste em aliciar pessoas em países pobres do continente africano e em países tido como pacíficos mundo afora, como Brasil e Holanda, por exemplo, para serem transportadores da droga. Os aliciados em questão se juntam a atletas, principalmente surfistas, de passagem pela Indonésia e que, mediante recusa, veem suas vidas reviradas ao avesso ao serem acusados por crimes com provas forjadas pelo esquema.

Com o transporte garantido os membros indonésios tratam de preparar a estrutura para receber a cocaína, distribuir e assegurar que nada de errado aconteça até o processo final, que é o da venda aos consumidores, que são executivos do próprio país e de outros que por lá se encontram, além dos muitos turistas milionários em seus balneários.

Os transportadores fazem até cinco viagens recebendo o dinheiro acordado, que é devolvido aos aliciadores como investimento num pseudo esquema de sociedade, que não ocorre pois serão presos na viagem seguinte denunciados pelos próprios membros, normalmente com uma quantidade menor do que costumam levar.

Não existe concorrência para o esquema narrado aqui, porque todos que são presos com drogas e não fazem parte do mesmo são presos e os casos separados. Em se tratando de norte-americanos presos com drogas, por exemplo, todos que foram presos até hoje foram expulsos, nem extraditados, quase que como se a Indonésia estivesse garantindo que norte-americano preso com drogas lá não são julgados nem em solo estado-unidense.


A PENA DE MORTE


Na Indonésia as execuções por fuzilamento acontecem desde 1964, e estima-se que, desde então, até meados dos anos de 1990, mais de 600 mil estrangeiros tenham sido executados, a maioria comunistas condenados com provas forjadas por outros crimes em período de ditaduras em seus países; muitos enviados pelos Estados Unidos no período da Guerra Fria após serem presos e acusados de espionagem por hipócritas que, não querendo sujar as mãos com sangue de estrangeiros deixavam o serviço sujo nas mãos de outros hipócritas.


SOLIDARIEDADE

Quando um tsunami devastou a Indonésia em 2004, o mundo se juntou para reconstruir o país. E enquanto cidadãos de várias nacionalidades trabalhavam na reconstrução, crianças eram vendidas por traficantes de órgãos pertencentes à quadrilhas compostas também, inclusive, por autoridades; mulheres eram estupradas, exploradas (ainda são), espancadas, escravizadas e vendidas, e idosos e moradores de rua em geral tinham em seus corpos ácido derramado, quando não eram mortos por conterrâneos.


O TERRORISMO


Terroristas do Islã radical do mundo inteiro se refugiam na Indonésia quando conseguem escapar da polícia e lá são tratados como heróis, juntamente com terroristas indonésios que, quando julgados e condenados a, no máximo, 20 anos de prisão, no apagar das luzes das poucas câmeras da imprensa internacional que conseguem documentar, são soltos, recebem identidade nova e toda uma estrutura para que possam se preparar para um novo ataque.



  


Fonte da imagem AQUI
      

Nenhum comentário:

Postar um comentário